quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cerveja Caseira - Vienna Amber Cripple Miles

       Fazem cinco meses desde a ultima postagem e nesse meio termo outra brassagem da Especial Strong Bitter foi feita. Nesta segunda leva obtive uma cerveja com o mesmo padrão da primeira: cerveja forte, quase totalmente escura, com sabor do malte Pale Ale muito marcante e pouco amargor. Apesar desta ultima ter saído menos turva e mais “limpida”, o resultado foi uma cerveja bastante densa; deliciosa mas com pouco drinkability. Creio que um dos fatores tenha sido causado pela quantidade de água total utilizada (25litros segundo a receita) somado a perda considerável com a evaporação durante o processo.



Extra Special/Strong Bitter Pale Ale


      Com os maltes que sobraram desta segunda leva decidi fazer uma receita diferente, uma Vienna Amber, apenas invertendo a proporção dos maltes da receita antiga.
A receita ficou assim:

4kg de Malte Vienna
1Kg de Malte Pale Ale
200g de Malte Special B
25g Lupulo Warrior
Fermento Safbrew S-33

Desta vez a água foi calculada seguindo a proporção de 2.44 Litros de água por Kilo de malte moído o que pareceu muito no começo mais que rendeu os 20 litros no galão fermentador.
A brassagem durou 1 hora com temperaturas alternando entre 65º e 68ºC, sem rampas.
A inativação das enzimas foi feita a 75ºC por 10 minutos.
A recirculação durou horas, e foi uma das etapas mais chatas do processo. Se você não tiver uma cerveja na geladeira e um som ligado, provavelmente você terá dificuldades.
Na fervura o velho problema do fogão 4 bocas persiste. A fervura é sempre fraca, e nos confunde na hora de adicionar o Lúpulo, tendo em vista que ele deve ser adicionado no inicio da ebulição da fervura (que o fogão domestico não consegue gerar). Foram 10g de lúpulo na primeira etapa da fervura e 15 gramas aos 30 minutos finais.
Outro processo chato é a sanitização, que deve ser minuciosa.
Após a fervura o chiller, apesar de funcionar super bem, novamente não foi capaz diminuir a temperatura do liquido aos desejados 25ºC, ficando novamente na casa dos 30ºC. O ação do chiller (de alumínio) foi  rápido, portanto esperei mais alguns minutos, refrescando as paredes da panela com água gelada na tentativa de abaixar mais esta temperatura. Sem ter muito mais o que fazer prossegui com o processo, transferindo a “cerveja verde” para o fermentador.
Outra experiência feita nesta receita foi na adição do fermento, que foi direito no liquido e não reidratado como anteriormente. Optei por esta alternativa seguindo instruções do próprio fabricante.
O fermentador cheio foi para a “mega caixa de isopor” que construi com papelão e placas grossas de isopor e que ocupa um espaço considerável da minha sala. Nesta caixa consigo diminuir bastante a temperatura ambiente (que no momento esta marcando 16.3ºC), com garrafas Pet congeladas (de 3 a 4 garrafas trocadas 1 vez por dia).      No segundo dia me descuidei um pouco e deixei atingir a temperatura de 25º e quando fui trocar as garrafas notei que o airlock estava trabalhando a todo o vapor, o que é um bom sinal.
Infelismente ainda não comprei uma geladeira especifica para a ‘cervejaria’, então ao final da fermentação a cerveja seguirá para a maturação a aproximadamente 11ºC (deveria ser menos) e passará o réveillon descansando para ser engarrafada na segunda semana de Janeiro de 2013.

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